sábado, 4 de junho de 2011

Um Cristianismo Mole...



“Deus odeia a paz naqueles que destinou para a guerra...”

“... estamos destinados à guerra contra tudo o que é vil e podre em nós mesmos.”

 Por Prof. Pedro M. da Cruz
Católicos moles, frouxos, tristes, cabisbaixos... Eis o que vemos se arrastando por nossas igrejas.

E o mundo grita por socorro!
Quem mais poderia socorrê-lo devidamente senão os enviados de Cristo, Nosso Senhor? No entanto, estes dormem...

Uns fogem de responsabilidades, outros se vendem por quase nada, finalmente, há os que se acham em tal estado de apatia espiritual que se o próprio Cristo, visivelmente, lhes suplicasse por ajuda, talvez, nem mesmo assim o atenderiam.

Maria Santíssima, Mãe e Mestra de nossas almas, dai a vossos filhos, por sua intercessão, força e entusiasmo nas lutas contra o mal. É triste vermos tantos jovens desanimados, cedendo à preguiça e ao egoísmo. Robustecei, pois, nosso espírito, adestrai nossas mãos para a batalha, e ficai ao nosso lado nas agruras desta vida. Amém.

***


“Porque o cristianismo ocidental aceitou Cristo sem a cruz, pôs em equação o cristianismo com a doçura.
Não deseja ver as mãos trespassadas de chagas, pregando o sacrifício; só que ver as mãos liriais, cor de neve, de um Mestre (...) O nosso cristianismo ocidental deseja um sofá, e não uma cruz; um soporífico, não um desafio; enfim, deseja um cristianismo sem lágrimas. Trata-se pois de uma religião que não acorda oposição, porque não pode sentir-se hostilidade contra uma actínea ou contra uma cobertura de penas (...) Um Cristo sem cruz é  cristianismo sem sacrifício e sem autodisciplina; é romantismo, sentimentalismo, uma mão-cheia de sensaborias com fraca resistência para o mal, absolutamente desprovidas daquela indignação moral, que pega no azorrague e expulsa compradores e vendedores dos templos. Não admira que na torrente de uma falsa amplitude de visão, o mundo ocidental tenha identificado Cristo com Buda, pois Buda também não conhecia a cruz (...) Se o nosso mundo ocidental recuperasse a autodisciplina no lar, ou seja a integridade na vida da família, na educação e na vida pessoal, prepararia a paz, que só pode ser alcançada por meio da guerra (...) A paz é fruto da guerra – guerra não contra os outros, mas contra o pecado, o egoísmo e o egotismo; o salário da guerra é a cruz (...) Deus odeia a paz naqueles que destinou para a guerra, e nós todos estamos destinados à guerra contra tudo o que é vil e podre em nós mesmos.”

“O salário da guerra é a cruz”


(O negrito é nosso)

Referência Bibliográfica:

SHEEN, Fulton. A Vida Faz Pensar. Trad.: Maria Henriques Osswald.  Porto: Editora Educação Nacional, 1956. 280 pg.