quinta-feira, 11 de junho de 2009

Como rezar eficazmente o Rosário?

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“Abri, Senhor, os meus lábios para que louve o vosso santo nome...”

Essas são as primeiras palavras da bela oração que se reza antes do Ofício divino e do Ofício de Nossa Senhora. Ela continua:

“... purificai também o meu coração de todos os vãos, perversos ou inúteis pensamentos; iluminai-me o entendimento, inflamai-me a vontade, para que digna, atenta e devotamente recite este Ofício e mereça ser atendido perante a vossa divina majestade”.

Esta oração ensina-nos resumidamente, mas de um modo perfeito, a atitude que devemos ter também ao rezar o Rosário: digna, atenta e devotamente.

O Revmo. Frei Royo Marín, dominicano e renomado teólogo, ex-professor na Universidade de Salamanca, explicou cada um destes três termos.

a) Dignamente: Esta primeira condição exige, pelo menos, que a recitação do Rosário se faça de modo decoroso, como corresponde à majestade de Deus, a quem principalmente a nossa oração é dirigida.

O melhor procedimento é rezar de joelhos diante do Sacrário - o que nos alcança uma indulgência plenária - ou diante de uma imagem de Nossa Senhora. Mas pode-se rezá-lo também em qualquer outra postura digna (por exemplo, modestamente sentado, passeando pelo campo, etc.) Seria indecoroso rezá-lo na cama (a não ser em caso de enfermidade), ou interrompê-lo constantemente para responder a perguntas alheias à oração. [...]

b) Atentamente: A atenção é necessária para evitar a irreverência que ocorreria se houvesse uma distração voluntária. Como querer que Deus nos ouça, se começamos por não nos ouvirmos a nós mesmos?

Contudo, nem toda a distração é culposa. Não temos um controle despótico sobre a nossa imaginação, mas apenas político - como ensinam os filósofos - e não podemos evitar que ela nos escape sem a nossa permissão. As distrações involuntárias não invalidam o efeito meritório e impetratório da oração, desde que se faça o possível por contê-las e evitá-las. [...]

c) Devotamente: A devoção consiste numa vontade pronta para as coisas referentes ao serviço de Deus.”[71].

A própria Rainha do Céu disse ao Bem-aventurado Alano de la Roche: “Sabei que, embora haja muitas indulgências concedidas ao meu Rosário, eu acrescento muitas mais pelas diversas partes dele em favor daqueles que o rezam sem pecado mortal, de joelhos, devotamente, e aos que perseverarem na devoção do santo Rosário, de acordo com essas condições e se meditarem, obterei para eles, como prêmio, a plena remissão da pena e da culpa de todos os pecados no fim da vida. E não te pareça isto incrível; isto é-me fácil, pois sou a Mãe do Rei dos Céus, que me chama cheia de graça e, como cheia de graça, farei também ampla efusão dela em favor dos meus filhos queridos.”[72].

Encerremos , pois, com este conselho de São Luis Maria Grignion de Montfort: “Considero como um dos mais assinalados favores de Deus a graça de alguém perseverar até a morte na prática quotidiana do Rosário. Perseverai nela e tereis a admirável recompensa que está preparada no Céu para a vossa fidelidade.”[73].

Notas:

[71]- Royo Marín, O.P., op. cit., pp. 472-475.

[72]- S. Luís Grignion de Montfort, op. cit., pp. 86-87.

[73]- Idem, ibid., p. 145.

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Livro: Fátima - O Meu Imaculado Coração Triunfará!
Pe. João S. Clá Dias
1º Edição - Agosto 2005
Páginas: 116 e 117

Apostasia

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Por Prof. Pedro M. da Cruz 

Podemos renunciar à Igreja Católica?
Abandonar a fé Católica é, com toda certeza, um erro gravíssimo! Quantos, infelizmente, desertaram da doutrina ensinada por Cristo! Lembremo-nos, porém, que os Apóstatas[1] foram preditos desde o princípio do catolicismo. Rezemos, pois, por todos aqueles que renunciaram aos ensinamentos da Igreja de Cristo e abjuraram a fé verdadeira; e que Maria Santíssima alcance de Deus as graças necessárias à conversão de tantos seres humanos enganados pelo erro.
Não é preciso falarmos muito... deixemo-nos guiar pelas Sagradas Escrituras! Só nos recordemos que, se estes textos foram escritos antes do surgimento do Protestantismo, (cujos membros são chamado, por alguns, de “crentes” ou “evangélicos”), certamente, se referiam ao perigo de abandono da única Igreja fundada pelo Filho de Deus, que remonta ao primeiro século da era cristã: Católica Apostólica e Romana.
Afirmamos isso, porque, muitos enganadores tem utilizado estes mesmos Textos contra a própria Igreja Católica que os escreveu no período da sua fundação a dois mil anos atrás. Veremos, que as citações se referem àqueles que, infelizmente, a abandonariam no futuro, levados pela mentira e pelo mistério da iniquidade. Que Deus nos livre da vergonhosa Apostasia!
II Tessalonicenses 2,3: “Ninguém de modo algum vos engane, porque primeiro deve vir a apostasia ...”
I Timóteo 4,1: “Nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, de hipócritas e impostores ...”
Mateus 24, 24: “Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e praticarão grandes sinais e prodígios, para enganarem, se possível fora, os próprios eleitos.”
Hebreus 3,12: “Tomai cuidado meus irmãos, para que nenhum de vós venha a perder interiormente a fé...
II Timóteo 4,3: “Tempo virá em que os homens já não suportarão a sã doutrina. Levados pelos seus próprios caprichos, e ávidos de escutar novidades, rodear-se-ão de uma multidão de mestres.”
Mateus 7,15-16: “Guardai-vos dos falsos profetas. Vem a vós disfarçados com peles de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes; por seus frutos os conhecereis.”
Efésios 4,14: “Não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrinas, ao sabor da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores.
I Coríntios 11,19: “É conveniente que haja heresias (seitas, partidos), para que possam manifestar-se os que são realmente virtuosos entre vós.
Colossenses 2,4: “... ninguém vos engane com discursos sedutores.”
Gálatas 1,6-7: “Admiro-me de que tão depressa tenhais passado daquele que vos chamou à graça de Cristo, para um evangelho diferente. Não que haja outro evangelho, mas o que há são alguns que lançam a desordem entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo.”
Romanos 16,17: “Rogo-vos, irmãos, que desconfieis daqueles que causam divisões e escândalos, separando-se da doutrina que recebestes. Afastai-vos deles!
Gálatas 1, 8: “Ainda que alguém – nós ou um anjo baixado do céu – vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja excomungado.”
I João 2, 24: “Que permaneça em vós o que tendes ouvido desde o princípio. Se permanecer em vós o que ouvistes desde o princípio, permanecereis também vós no Filho e no Pai.”
Hebreus 13,9:Não vos deixeis desviar pela diversidade de doutrinas estranhas.”
I João 2,18-19: “Já há muitos Anticristos (...) Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isto se dá para que se reconheça que nem todos são dos nossos.”
Gálatas 1,9: “Se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado!
É preciso que escrevamos mais alguma coisa? “Para o bom entendedor meia palavra basta!” No mais, terminemos revendo um último Texto esclarecedor do Evangelho:
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor entrará, no Reino dos Céus (...) Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos demônios e fizemos muitos milagres?’ E, no entanto, eu lhes direi: ‘Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim...’” (Mat.7,21-23)



[1] Chama-se Heresia a negação teimosa e pertinaz, após o Batismo, de qualquer verdade que se deva crer com fé divina e católica, ou mesmo a dúvida obstinada a respeito dela. Apostasia, por sua vez, é o repúdio total da fé cristã; uma completa defecção da fé verdadeira por parte daqueles que receberam o Batismo. Finalmente, o Cisma é a recusa de sujeição ao Romano Pontífice ou de comunhão com os membros da Igreja que estão sujeitos a ele. (Conf. Cân. 751)

domingo, 7 de junho de 2009

Jornalistas contra a aritmética

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Olavo de Carvalho | 05 Junho 2009

 

Só o ódio cego à Igreja Católica explica que o sentido geral dado a uma notícia seja o contrário daquilo que afirmam os próprios dados numéricos nela publicados.

Não há mentira completa. Até o mais ingênuo e instintivo dos mentirosos, ao compor suas invencionices, usa retalhos da realidade, mudando apenas as proporções e relações. Quanto mais não fará uso desse procedimento o fingidor tarimbado, técnico, profissional, como aqueles que superlotam as redações de jornais, canais de TV e agências de notícias. Mais ainda - é claro - os militantes e ongueiros a serviço de causas soi disant idealistas e humanitárias que legitimam a mentira como instrumento normal e meritório de luta política.

Na maior parte dos casos, os elementos de comparação que permitiriam restituir aos fatos sua verdadeira medida são totalmente suprimidos, tornando impossível o exercício do juízo crítico e limitando a reação do leitor, na melhor das hipóteses, a uma dúvida genérica e abstrata, que, como todas as dúvidas, não destrói a mentira de todo mas deixa uma porta aberta para que ela passe como verdade.

Um exemplo característico são as notícias sobre a tortura nas prisões de Guantánamo e Abu-Ghraib. Como em geral nada se noticia na "grande mídia" sobre as crueldades físicas monstruosas praticadas diariamente contra meros prisioneiros de consciência nos cárceres da China, da Coréia do Norte, de Cuba e dos países islâmicos, a impressão que resta na mente do público é que o afogamento simulado de terroristas é um caso máximo de crime hediondo. Mesmo quando não são totalmente ignorados, os fatos principais recuam para um fundo mais ou menos inconsciente, tornando-se nebulosos e irrelevantes em comparação com as picuinhas às quais se deseja dar ares de tragédia mundial. Só o que resta a fazer, nesses casos, é usar a internet e toda outra forma de mídia alternativa para realçar aquilo que a classe jornalística, empenhada em transformar o mundo em vez de retratá-lo, preferiu amortecer.

Às vezes, porém, o profissional da mentira se trai, deixando à mostra os dados comparativos, apenas oferecidos sem ordem nem conexão, de tal modo que o público passe sobre eles sem perceber que dizem o contrário do que parecem dizer. Isso acontece sobretudo em notícias que envolvem números. Com freqüência, aí o texto já traz em si seu próprio desmentido, bastando que o leitor se lembre de fazer as contas.

Colho no Globo Online o exemplo mais lindo da semana (v. http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/05/20/relatorio-confirma-abuso-de-milhares-de-criancas-por-parte-da-igreja-catolica-da-irlanda-755949622.asp,

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1161142-5602,00-INQUERITO+DENUNCIA+ABUSO+SEXUAL+ENDEMICO+DE+MENINOS+NA+IRLANDA.html

e

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1161468-5602,00.html).

Não digo que o Globo seja o único autor da façanha. Teve a colaboração de agências internacionais, de organizações militantes e de toda a indústria mundial dos bons sentimentos. Naquelas três notas, publicadas com o destaque esperado em tais circunstâncias, somos informados de que uma comissão de alto nível, presidida por um juiz da Suprema Corte da Irlanda, investigando exaustivamente os fatos, concluiu ser a Igreja Católica daquele país a culpada de nada menos de doze mil - sim, doze mil - casos de abusos cometidos contra crianças em instituições religiosas. A denúncia saiu num relatório de 2600 páginas. Legitimando com pressa obscena a veracidade das acusações em vez de assumir a defesa da acusada, que oficialmente ele representa, o cardeal-arcebispo da Irlanda, Sean Brady, já saiu pedindo desculpas e jurando que o relatório "documenta um catálogo vergonhoso de crueldade, abandono, abusos físicos, sexuais e emocionais". Depois dessa admissão de culpa, parece nada mais haver a discutir.

Nada, exceto os números. O Globo fornece os seguintes:

1) A comissão disse ter obtido os dados entrevistando 1.090 homens e mulheres, já em idade avançada, que na infância teriam sofrido aqueles horrores.

2) Os casos ocorreram em aproximadamente 250 instituições católicas, do começo dos anos 30 até o final da década de 90.

Se o leitor tiver a prudência de fazer os cálculos, concluirá imediatamente, da primeira informação, que cada vítima denunciou, além do seu próprio caso, outros onze, cujas vítimas não foram interrogadas, nem citadas nominalmente, e dos quais ninguém mais relatou coisíssima nenhuma. Do total de doze mil crimes, temos portanto onze mil crimes sem vítimas, conhecidos só por alusões de terceiros. Mesmo supondo-se que as 1.090 testemunhas dissessem a verdade quanto à sua própria experiência, teríamos no máximo um total de exatamente 1.090 crimes comprovados, ampliados para doze mil por extrapolação imaginativa, para mero efeito publicitário. O cardeal Sean Brady poderia ter ao menos alegado isso em defesa da sua Igreja, mas, alma cristianíssima, decerto não quis incorrer em semelhante extremismo de direita.

Da segunda informação, decorre, pela aritmética elementar, que 1.090 casos ocorridos em 250 instituições correspondem a 4,36 casos por instituição. Distribuídos ao longo de sete décadas, são 0,06 casos por ano para cada instituição, isto é, um caso a cada dezesseis anos aproximadamente. Mesmo que todos esses casos fossem de pura pedofilia, nada aí se parece nem de longe com o "abuso sexual endêmico" denunciado pelo Globo. Porém a maior parte dos episódios relatados não tem nada a ver com abusos sexuais, limitando-se a castigos corporais que, mesmo na hipótese de severidade extrema, não constituem motivo de grave escândalo quando se sabe - e o próprio Globo o reconhece - que grande parte das crianças recolhidas àquelas instituições era constituída de delinqüentes. Se você comprime bandidos menores de idade num internato e a cada dezesseis anos um deles aparece surrado ou estuprado, a coisa é evidentemente deplorável, mas não há nela nada que se compare ao que aconteceu no Sudão, onde, no curso de um só ano, vinte crianças, não criminosas, mas inocentes, refugiadas de guerra, afirmaram ter sofrido abuso sexual nas mãos de funcionários da santíssima ONU, contra a qual o Globo jamais disse uma só palavra.

Só o ódio cego à Igreja Católica explica que o sentido geral dado a uma notícia seja o contrário daquilo que afirmam os próprios dados numéricos nela publicados.

Por isso, saiba o prezado leitor que só leio a "grande mídia" por obrigação profissional de analisá-la, como se analisam fezes num laboratório, e que jamais o faria se estivesse em busca de informação.

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Fonte: http://www.midiasemmascara.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7519

Domingo da Santíssima Trindade

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A igreja celebra a festa da Santíssima Trindade hoje, no primeiro domingo depois de Pentecostes.
A Festa é para que compreendamos que o fim dos mistérios de Jesus Cristo e da vinda do Espírito Santo foi conduzir-nos ao conhecimento da Santíssima Trindade, e levar-nos a honrá-la em Espírito e em verdade.
Santíssima Trindade quer dizer: Deus Uno em três pessoas realmente distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.
E o que devemos fazer na festa da Santíssima Trindade?
Em primeiro lugar devemos adorar o mistério de Deus Uno em três pessoas;
Em segundo lugar agradecer a Santíssima Trindade todos os benefícios temporais e espirituais que recebemos;
Em terceiro, nos consagrar totalmente à Deus e nos sujeitarmos inteiramente a sua Divina providência;
Em quarto, pensar que no batismo entramos na igreja e nos tornamos membros de Jesus Cristo pela invocação e pela virtude do nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Em quinto lugar, tomar a resolução de fazer sempre com devoção o sinal da cruz que exprime este mistério, e de recitar, com fé,viva e com a intenção de glorificar a Santíssima Trindade, as palavras que a igreja repete com tanta frequência:
Glória ao Pai e ao filho e ao Espírito Santo: - GLÓRIA PÁTRI, ET FÍLIO ET SPÍRITUI SANCTO

Fonte: Livro "Catecismo Maior de São Pio X - págs. 258 - 260, capítulo XII

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Fonte:http://boletim-ultima-semana.blogspot.com/2009/06/domingo-da-santissima-trindade.html