sexta-feira, 24 de abril de 2009

Susan Boyle - "A pedra que os construtores rejeitaram..."

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O "Britain's Got Talent" é um programa que funciona mais ou menos como o "American Idol" (ou no Brasil, o "Ídolos"): pessoas comuns tentando alcançar o estrelato numa versão moderna e atualizada de um "show de talentos" para aspirantes a cantores. Este vídeo mostra o teste de uma senhora de 47, Susan Boyle. É o vídeo da internet mais visto em todos os tempos.

 

Susan Boyle e o Amor de Deus


Certamente, haverá alguns leitores que vão achar este um assunto inapropriado para o blog da revista Catholic. E que irão, sem dúvida, revirar os olhos. De jeito nenhum esse é um assunto novo. Mas eu tenho que perguntar: Você viu o vídeo da mulher chamada Susan Boyle cantando no programa do tipo American Idol chamado Britain’s Got Talent?
Pode ser o melhor exemplo de como Deus nos vê – e de como o mundo frequentemente não nos vê.
A senhora Boyle, uma mulher desempregada de 48 anos, gorducha e cafona, que de forma tocante se descreveu diante das câmeras como “nunca casada, nunca beijada”, vive num pequeno vilarejo escocês no apartamento em que foi criada, com seu gato, Peebles. Católica devota, ela passou a maior parte dos últimos anos cuidando de sua mãe adoentada, que faleceu recentemente aos 91 anos. Quando ela apareceu no palco de Britain’s Got Talent, você podia ver as caretas de desprezo na platéia. E quando a mulher grandalhona anunciou, sorrindo, que cantaria a vocalmente desafiadora canção I Dreamed A Dream, do musical Les Miserables, você podia ver os juízes (incluindo o onipresente Simon Cowell) literalmente revirar os olhos em mal disfarçada desaprovação. Por favor.
Quando a senhora Boyle abriu a boca, entretanto, surgiu uma voz que silenciou seus críticos.
Seu vídeo no Youtube, na última contagem tinha recebido, contando todas as suas versões, dezenas de milhões de acessos. Por quê? Há algumas razões, umas óbvias e outras não. Primeiro, há o fator choque: que surpresa essa mulher desconhecida cantar tão bem! Onde ela esteva esse tempo todo? Segundo, o fator empatia: nós sentimos compaixão por uma mulher um tanto modesta que parece ter sido tão sem sorte na vida. Terceiro: o fator aparência física: estrelato ou mesmo sucesso em programas como American Idol são tipicamente territórios dos belos e jovens. Não são para pessoas como Susan Boyle. Quarto, o fator Grande Descoberta: a excitação de talvez ver o nascimento de uma nova carreira, uma pessoa desconhecida empurrada para a fama. Além disso, a inexplicável ressonância das letras da música escolhida, por alguém que parece estar passando por um momento bem difícil na vida: “Eu sonhei um sonho no tempo que passou / Quando a esperança era grande / E a vida merecia ser vivida / Eu sonhei que o amor nunca morreria / Eu sonhei que Deus perdoaria”.
Mas deve haver algo mais para explicar nosso prazer e aqueles milhões de acessos.
O jeito como vemos Susan está muito próximo do jeito como Deus nos vê: importantes, especiais, talentosos, ímpares, belos. O mundo geralmente olha desconfiado para pessoas como Susan Boyle, isso quando as vê. Sem a beleza clássica, sem emprego, sem marido, vivendo numa cidade pequena, pessoas como Susan Boyle podem não parecer particularmente “importantes”. Mas Deus vê a pessoa real, e compreende o valor dos dons de cada indivíduo: rico ou pobre, jovem ou velho, solteiro ou casado, matrona ou estrela de cinema, afortunada ou sem sorte na vida. Deus nos conhece. E nos ama.
“Todo mundo é alguém”, disse o arcebispo Timothy M. Dolan na missa de sua posse em Nova Iorque ontem. É outra razão pela qual os jurados sorriram e a audiência explodiu em aplausos.
Porque eles reconheceram uma verdade básica que Deus colocou bem fundo dentro deles: Susan Boyle é alguém.
Todo mundo é alguém.

Autor: James Martin, SJ

Texto original em inglês aqui

Tradução e divulgação: http://milesecclesiae.blogspot.com/

Para ver o vídeo acima em alta qualidade, clique aqui e após carregar a página, clique no botão "HQ" do tocador do YouTube.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Lula reafirma compromisso de perseguir os cristãos do Brasil

  

Martírio de Santo Estevão - Gustave Doré

 

Mais uma vez, o nosso lastimável presidente assume o compromisso de tirar a liberdade de todos os que não concordam com o homossexualismo, e o diz expressamente. É hora de agirmos. Amanhã poderá ser tarde demais. Veja aqui, aqui e aqui o que já publicamos sobre o projeto de lei da "homofobia". Toda boa iniciativa será válida: envio de e-mails ao senador de seu estado; manifestações de apoio, protestos, campanhas, doações a aqueles que combatem pelos valores morais cristãos (como o Pró-Vida de Anápolis ou Olavo de Carvalho) e  muita oração e sacrifício. Abaixo a notícia.

 

Mensagem oficial do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ocasião do III Congresso da ABLGT

Brasília-DF, abril de 2009

“Senhoras e Senhores,

Impossibilitado de atender o amável convite formulado pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, envio aos participantes deste congresso minha saudação e algumas palavras de ânimo e incentivo.

Reafirmo o que tod@s @s aqui presentes já sabem: eu e meu governo somos frontalmente contrários a toda a forma de preconceito e discriminação com base em diferenças de origem, de etnia, sexo, credo, religioso, convicção política, orientação sexual e identidade de gênero. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República tem trabalhado ativamente nesse sentido, e até o final de nosso mandato continuaremos a trilhar esse caminho.

Tem meu apoio tanto a luta das organizações LGBT pelo respeito às diferenças, especialmente à orientação sexual e à identidade de gênero, como as iniciativas parlamentares que as reforcem. Vocês com certeza estão lembrados de que foi nosso governo que convocou a I Conferência Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, à qual compareci e onde me dirigi aos que lá estiveram presentes.

Naquela oportunidade, eu disse-lhes que só há um modo de a sociedade reconhecer os direitos e a dignidade do segmento LGBT: é cada vez mais brigar; é cada vez mais andar de cabeça erguida; é cada vez mais lutar contra o preconceito; e cada vez mais denunciar as arbitrariedades. Somente assim a gente vai conquistar a cidadania plena e poder, todo o mundo, construir este país sem preconceitos.

Sei muito bem que, por minha atitude de apoio à luta de vocês, eu também tenho sido alvo de preconceito, de resistências. Alguns setores atrasados e ao mesmo tempo hipócritas — já propus a criação do Dia de Combate à Hipocrisia — têm criticado nosso governo por apoiar iniciativas que criminalizam PALAVRAS e atos ofensivos à homossexualidade. Isso não tem importância. Continuarei — com o apoio de todo o Governo — a manter essa atitude.

Essa luta continua. Estou certo de que neste congresso serão discutidos vários temas que lhes interessam e que, no fundo, também interessam ao restante da sociedade. Desejo que as propostas que resultarão dos debates aqui travados contribuam, concretamente, para o avanço do respeito aos direitos de todos os cidadãos, independentemente da orientação sexual e identidade de gênero. Afinal, somos tod@s brasileir@s e a Constituição Federal é clara: todos são iguais perante à Lei.

Recebam tod@s meu fraternal abraço.”

Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República Federativa do Brasil

Fonte: ABGLT

Divulgação: www.juliosevero.com