sexta-feira, 19 de julho de 2013

Ir ou não ir na Jornada? Eis a questão...


Por João S. de O. Jr

Em meio aos católicos conservadores ou tradicionalistas, nem sempre vemos com bons olhos o evento Jornada Mundial da Juventude, estamos às vésperas dela no Rio de Janeiro (JMJ-2013). Compreensível tal negatividade diante da crise da Igreja e de noticiários quanto a organização daquela. Entendamos, a crise é pouco perceptível à grande maioria dos católicos, nem todos enxergam pelos mesmos para-brisas (caso de quem não vê problemas nem em "prova de matemática"). Outros, não olham os possíveis atalhos no caminho (caso de quem não enxerga mais nada a fazer além da murmuração). Já no aguardo dos castigos divinos, mas estes, todos podemos sofrer pelo que fizermos ou omitirmos.

Sendo assim, neste texto, há de pontuarmos fatores "prós e contras" a ida a JMJ-2013 para pesar e partilhar com vocês uma opinião que, evidente, não é "dogmática", porém tem a finalidade de por questionamentos àqueles que "repudiam" só em pensar acontecer a Jornada. Ao mesmo tempo, por um ponto de interrogação naqueles que só enxergam o oba-oba em número dum evento que, com certeza, é recheado de emoções e euforia. Evento católico que pode ser o início de salvação (conversão) de muitos ou apenas outro momento de mediocridade na fé católica de tantos que estarão lá.

Observação: Excluo dos argumentos do "contra", os justificados por motivos financeiro, familiar, trabalho, estudo, oportunidade, questões de insegurança e incertezas em estar num lugar longe de casa. Creio que são os argumentos da maioria dos católicos que não estão indo.

Agora, vamos a alguns argumentos contra ir a Jornada:
  •  Despreparo dos organizadores ao colocarem artistas seculares (pouco exemplares) nas atrações;
  •  Terá muitos adolescentes achando que catolicismo é dancinha e barulho (reflexo de superficialidade e imaturidade na fé).
  •  Moças e rapazes jovens com pouca instrução quanto a vestir-se com modéstia;
  •  Possível confronto com protestos anticlericais (gayzistas, esquerdistas, protestantes, feministas...).
  •  Decoração de muitos ambientes de forma modernista, a começar pelo palco do evento principal, pelos decoradores oficiais e até os paramentos que serão colocados na Missa do Papa.

Alguns argumentos pró-ida a Jornada:
  •  A presença do Papa;
  •  Os participantes receberão indulgência plenária;
  •  Haverá na programação oficial eventos louváveis como filmes católicos e catequeses;
  •  Presença de relíquias de Santos expostos para veneração (um motivo bem católico).
  •  Summorum Pontificum (Santa Missa Tridentina) com a Administração Apostólica São João Maria Vianney;
  •  Confissões; 
  •  Há de ser distribuída a todos os jovens uma cartilha de bioética (algo simples, mas muito necessário nos dias de hoje, mesmo para os católicos);

Colocações:


Particularmente, comparando, só a Santa Missa Tridentina e o ver o Papa de perto já seria motivo suficiente para, àqueles que puderem, irem a Jornada. Porém, esta não é propriamente um preceito, é um evento. Não há a obrigação de ir, ao não ser se for em Missão (caso de um sacerdote convocado). 
Todavia, não deixa de ser uma peregrinação, as viagens pela fé sempre fizeram parte da Tradição da Igreja.

Muitos dirão: "mas não é Papa fulano...". Não importa qual Papa seja, junto com Dom Bosco gritaremos: "Viva o Papa!". Rezar pelo sumo pontífice é obrigação filial de todo católico.


O evento é grandioso, o que acaba sendo oportuno e inoportuno em alguns pontos. Veja: S
ó de imaginar peregrinos de diversas culturas, países, continentes mas com o mesmo objetivo de verem o Pastor da Igreja e celebrarem a fé, mais do que nunca, mostra o rosto da Santa Igreja Católica, Universal. Todos proclamando a fé numa só boca (parafraseando Santo Irineu de Lion).  
Por outro, o grande número de pessoas, diversas culturas, lugares, variará no quesito ortodoxia, e muito. Ainda que a organização fosse "impecável" e não cometesse garfes (como a de colocar peregrinos para dormirem em templos pagãos), não esperemos unanimidade. Já não basta uma multidão ser muito mais difícil de ser direcionada do que um pequeno grupo, todos estamos ainda sujeitos às consequências do pecado original. Além do mais, é interesse do inimigo (o demônio) colocar o "amargor" no meio dos cristãos, sempre foi. 


Questionamentos:

A quem adora o Oba-oba da JMJ: depois de tanta "dancinha", o que fazer para deixar a fé dos jovens mais sólida e fiel a Igreja de Cristo? Em grupo é muito fácil pular de alegria, mas e na solidão? Na vida interior de cada um? Nesta que cada um prestará contas a Deus. E depois da Jornada, quando muitos retornarem às faculdades, ao trabalho, aos departamentos seculares... todos continuarão católicos? Não precisam rezar mais, conhecer mais, lutar mais pela Igreja? Em meio ao turbilhão de anticlericalismo neste mundo, a maioria nadará contra a corrente ou será levado pela correnteza porque estarão boiando?

A quem vê só coisas negativas na JMJ: Se a Igreja está na crise, e tenha certeza, os erros que poderão acontecer na JMJ são consequências desta crise... abandonar o barco será a melhor maneira de impedir a tripulação de afundar? Se o evento deixará a desejar, não estaria faltando sua parte e presença nele? Se 90% dos grupos de jovens só se preparam pra jornada com "flash mob", não estariam faltando naqueles modelos mais tradicionais da genuína fé católica? Se sim, o que você pode fazer, então?!


"Mas a crise da Igreja é mais ampla... culpa dos Pastores...". Sim, não negamos a complexidade da crise, contudo, além das suas orações, o que seu apostolado pode melhorar para combater a crise? Isto te é possível! Ou, vamos viver a comodidade de um catolicismo exclusivamente virtual, onde muitos chegam ao cúmulo de só assistir a Santa Missa por videos na internet (vide sedevacantismo).

A verdade é que, se a Igreja não vai bem, devo procurar melhorar-me como católico, pois faço parte dela. Daí, pedir auxílio da graça para cumprir o que deve ser cumprido em auxilio ao meu próximo. Pedir inspiração para em minha vocação, seja leiga ou religiosa, fazer a vontade divina, a exemplo de Maria Santíssima!

Se os carismáticos e progressistas são maioria na Igreja (militante atual), os conservadores e tradicionalistas a conhecem melhor, por isto amam mais a Esposa de Cristo. E, não resta dúvida, as soluções para as crises passam pela Tradição, cabe-nos perguntar o que fazer para esta ser mais conhecida e vivida pelos fiéis. Por isso, aqueles católicos não têm o direito de cruzarem os braços.

Se você vai ou não para a Jornada, não importa, rezemos por ela. O tema foi só uma desculpa para outra questão bem maior que é: 
"O que faço, o que fiz, o que farei pela Igreja de Cristo?"

Rezemos pelo Papa Francisco que, se por um lado tem o auxílio da Graça de Estado, por outro, será também tentado, assim como Pedro foi. Mas: "(...)as portas do inferno não prevalecerão (...)" (Mateus 16,18).



Mãe do Bom Conselho, rogai por nós!

Um comentário:

Anônimo disse...

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