segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sou católico, posso ser maçom?

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Por Prof. Pedro M. da Cruz.
 
 
 
 
 


“Aquilo que devemos procurar e esperar, como os hebreus esperavam o messias, é um Papa segundo os nossos desígnios.”
(Instrução duma Seita secreta anti-católica – 1817)[1]
“Se tivermos o dedo mindinho do sucessor de Pedro implicado na conspiração, este dedo mindinho vale para esta cruzada todos os Urbanos II e todos os São Bernardos da Cristandade.”
(Da mesma Seita anti-católica – 1817)
 
 
Muitos são os motivos de incompatibilidade entre a Igreja Católica e a Maçonaria. D. João Evangelista Martins Terra, S.J., apresentou em seu livro “Maçonaria e Igreja Católica” um resumo de nove razões que comprovam esta assertiva: subjetivismo; relativismo; conceito errôneo de verdade, religião, tolerância e divindade... são algumas delas.
De fato, é impossível que um bispo, um padre, ou mesmo um fiel católico, possa filiar-se a esta sociedade secreta. Afinal, que união haveria entre a luz e as trevas, entre Cristo e Belial? Além do que, é cada vez mais palpável o posicionamento anti-católico da Maçonaria, apesar de camuflado em “abertura ao diálogo” e “espírito de boa vizinhança”:
“...os frutos da seita maçônica são, além de danosos, acerbíssimos. Porque dos certíssimos indícios que antes temos mencionado resulta o último e principal de seus intentos, a saber: o de destruir até aos fundamentos toda ordem religiosa e civil estabelecida pelo cristianismo, levantando à sua maneira outra nova com fundamentos e leis extraídas das entranhas do naturalismo.”[2]
Para tornar ainda mais claro este nosso posicionamento aos leitores deste auspicioso blog, apresentamos abaixo outras informações contidas no livro de Dom João Evangelista. Após o conhecimento de tantas condenações feitas pela Igreja contra este grupo ocultista não restará dúvidas quanto ao caso.
 
Que Maria Santíssima, reerguedora do gênero humano, interceda por todos nós. Amém.
 
A Igreja e a Maçonaria
 

“Desde que se tornou conhecida a maçonaria como associação secreta, que impunha a seus membros o juramento de guardar segredo sobre seus ritos e reuniões, vários governos passaram a proscrevê-la.
A Igreja também, na sua missão de Mãe e Mestra da verdade, teve de intervir. O primeiro documento do Magistério é a Constituição Apostólica In eminenti, de Clemente XII (1730-1740) de 28-04-1738, proibindo os católicos, sob a pena de excomunhão, de participar dessa sociedade secreta, precisamente ‘por estarem seus membros obrigados ao silêncio inviolável sobre tudo o que praticam nas sombras do segredo.’
Bento XIV (1740-1758), no dia 18 de maio de 1751, na Constituição Apostólica Providas, confirma essas disposições.
Pio VII (1800-1823), publicou a constituição Ecclesiam a Jesu Christo (13-9-1821), contra os carbonários. Tal documento é considerado como uma condenação, embora indireta, à maçonaria.
Leão XII (1823-1829) promulgou a Constituição Apostólica Quo graviora (13-3-1825) reiterando as censuras precedentes e acrescentando a condenação de toda sociedade secreta, presente ou futura, cuja finalidade fosse conspirar em detrimento da Igreja e dos poderes do Estado.
Pio IX, na Encíclica Quanta cura (8-12-1864), condena as sociedades secretas, mesmo nos países onde elas são toleradas pela autoridade civil.
Pio IX, na alocução Multiplices inter (25-9-1865), torna a condenar a maçonaria.
Pio IX, com a célebre Constituição Apostolicae sedis (12-10-1869), comina a excomunhão latae sententiae contra todos os que ‘dão seu nome à seita dos maçons ou dos carbonários... e contra quem, de qualquer modo, favoreça tais seitas, inclusive os que não denunciam os ocultos corifeus delas.’
Leão XIII (1878-1903), no seu longo pontificado, tornou públicos 226 documentos para condenar a pôr em guarda o mundo inteiro contra a maçonaria.
Na Encíclica Humanum genus (20-4-1884), Leão XIII condena a maçonaria, aduzindo uma nova razão, isto é, não apenas pelo seu caráter funcional de tramar em segredo contra a ordem religiosa e civil, mas pela própria essência do fundamento naturalista de suas leis.
Nos anos que se seguiram à publicação da Humanum genus, fundaram-se associações e revistas antimaçônicas, multiplicaram-se os estudos destinados a esclarecer a opinião pública, reuniram-se congressos antimaçônicos, entre os quais Trento, em 1869. A todos o Papa fazia chegar sua palavra de estímulo e sua benção.
S. Pio X (1903-1914), na sua Encíclica Vehementer nos (11-2-1906), dirigida ao povo francês, alude às ‘ímpias seitas’ que lutam contra o catolicismo.”[3]
 
“Desmascarar a maçonaria é vencê-la”
(S.S.Leão XIII)
 
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Referência Bibliográfica

TERRA, João Evangelista Martins. Maçonaria e Igreja Católica. São Paulo: Editora Santuário, 1996. 110 pgs.

[1] DE MATTEI, Roberto. Pio IX. Trad. Antônio de Azevedo. Porto: Editora Civilização. Pag. 40.
[2] Leão XIII. Humanum Genus.
[3] Conf. Pag. 65-67. Obra citada.